sábado, 21 de janeiro de 2012

A vida dá voltas


A vida da gente é uma doideira. Em 1980 eu nasci. Lá no interior do Amazonas, numa cidadezinha chamada Tabatinga. De lá, meu pai (militar) foi transferido pra Santa Cruz do Sul (isso em 1982). Chegando em Santa Cruz, comprou um terreno e construiu uma casa. Em 1988 foi transferido para Imperatriz, no Maranhão. Em 1993, voltamos pro Rio Grande do Sul. Fomos morar em Capela de Santana. Em 1994, voltamos pra Santa Cruz e cá estamos até hoje. Esse é o resumo (BEM resumido) da trajetória da família. A minha é um pouquinho diferente. Em 93, quando a gente foi morar em Capela de Santana, eu fui estudar em Montenegro. No colégio, uma colega me ofereceu drogas. Minha família ficou enfurecida (com razão) e me tirou daquele colégio (nem vou dizer que o nome do colégio é São José pra não arrumar stress). Esse episódio mudou minha vida. Podia ter estragado tudo, mas foi o que fez eu ser quem eu sou hoje.
Meu pai, indignado com a “educação” do colégio lá de Montenegro, me levou pra Porto Alegre (onde o pai estava servindo). Conseguiu uma vaga no Colégio Militar de Porto Alegre – CMPA. Lembro como se fosse hoje do primeiro dia de aula. Era o mês de maio. Foi o segundo dia da minha vida que eu mais chorei. Eu não queria estudar ali. Mas, forçado, eu fui. Senhoras e senhores, nossos pais sempre sabem o que é melhor pra gente.
No CMPA aprendi Matemática, aprendi a cumprir regras, ser disciplinado, aprendi a valorizar as amizades, a lutar pelos meus objetivos, a valorizar o esporte, enfim, forjei muito do meu caráter no “Velho Casarão da Várzea”. Obviamente, meus pais são os principais responsáveis pela minha educação, mas se eu tivesse continuado no coleginho aquele lá de Montenegro só Deus sabe onde eu estaria hoje.
Sei que o dia 10 de dezembro de 1998 foi a minha formatura do 3º ano do Ensino Médio. Foi o dia que eu mais chorei na minha vida. Percebam que chorei muito porque não queria entrar no CMPA. E só chorei mais no dia que eu ia me formar, pois eu não queria sair de lá.
Digo que o CMPA mudou minha vida, pois foi lá que eu aprendi a entender de verdade a Matemática. Quando eu cursava a 7ª série do Ensino Fundamental (com 14 anos), resolvi que seria professor de Matemática. Eu queria fazer faculdade de Matemática! E fiz.
Antes de fazer o curso, durante a graduação e depois de formado, sempre trabalhei em outras áreas, longe da Matemática.

Rádio
Já trabalhei em uma emissora de rádio (onde fiz tudo o que se pode imaginar: fui operador, fiz produção, locução, apresentação, reportagem policial, resportagem esportiva, plantão esportivo, apresentei programa de pagode, apresentei programa de música gaúcha, etc).

Música
Enquanto músico, já toquei em bandas (clique AQUI pra ver o post que fala da minha “carreira musical”), já dei aula em uma academia de música (Academia de Música Evidências), já trabalhei em estúdios (NK Produções e Produtora Lado B, que agora é “B Sound Thinking”). Como sempre, passei por muitas funções: produtor, compositor, operador, técnico, etc. Conheci e trabalhei com muita gente legal: os desconhecidos Sebastian (um argentino muito gente boa), Nico (um cara 100% do bem), entre outros; e os famosos: Serginho Moah, Lucas da Fresno, Marcelo Maya, Tedy Corrêa, Alvaro Luthi, Toitonho Villeroy, Luiza Caspary, Márcia Caspary, Paulo Ditz, o Nil, entre outros...

Jornal
Meu pai inventou de abrir um jornal semanal. Foi uma tiburçada sem tamanho. Mas lá eu aprendi muita coisa, nossa. Foi a minha grande “escola da vida”. Aprendi a conhecer as pessoas, a ver o lado MACABRO de uns ou outros, conheci muita gente legal, conheci de verdade meus pais, vi que minha mãe nasceu pra ser administradora de empresa e vi que meu pai é um cara sonhador e empreendedor. No jornal (Folha do Rio Grande) também passei por todas as funções: diagramador, fotógrafo, repórter (de todas as editorias), vendedor, entregador, motorista, recepcionista, etc. Foi um tempo bem legal.

A vida dá muitas voltas. E hoje este cara multifuncional é um professor que agrega sua bagagem de muitas profissões para tentar ensinar Matemática. Amo o que faço!
E todo esse post surgiu com o intuito de introduzir ao blog um novo personagem: VADO, O COMPLEXADO!
Eu explico.
Enquanto trabalhei no jornal, sempre busquei muitos parceiros, amigos, etc. E um deles foi o Diego Noronha Vianna, hoje psicólogo, que na época era nosso cartunista. Confesso que não consegui fazer um contato com ele pra autorização da utilização do Vado aqui, mas vou continuar tentando. Além disso, sempre vou identificar o Vado e dar os devidos créditos ao seu criador.
Então, é isso!
Senhoras e senhores, recebam o cara que vai aparecer muitas vezes por aqui a partir de hoje: Vado, o complexado!

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